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terça-feira, 20 de julho de 2010



" Magenta -- a cor da idade

textura de fogo e o não medo de tudo

que a vida tenta fazer descer pela goela.

Não sou o desenho borrado esboçado

pelos que não entenderam a minha alma bárbara.

Ninguém caminhou com minhas sandálias,

bebeu a água amarga das feridas dos inimigos.

Pensar que teus olhos verão por outros olhos

que sou -- é o que me dói mais.

Pensar que é preciso ir mesmo viver na casa do sol.

Jamais mostrar a roupa da bailarina,

o coração pétala rasurado sangrando o néctar da saudade.

Tua imagem nítida, na madrugada, na noite, na neblina.

Amo o teu coração com tanta verdade que arde.

Escrevo tua ausência, em noites claras.

Se tu lesses.

Ah! Se lesses!

Quem sabe as portas do escárnio diluiriam

como estátuas de sal."

( Poesia de Bárbara Lia -- poeta de delicadezas )

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