terça-feira, 16 de novembro de 2010
terça-feira, 2 de novembro de 2010
" Já gastei todas as palavras
Comprei um livro da Adélia
Li o tratado de Sêneca
Que me traz saudades de ti
Nem sei no que me baseio
Te emprestei o meu CD preferido
Estou lendo até Thich Nhat Hanh
E prefiro que seja assim
Só pra mim
Pedaços perdidos de nós
Me protejo dessa forma
Na madrugada
A Lua pregada no céu
Fina como o sorriso do gato de Alice
Me deixa iluminada
Nem assim esqueço de lembrar
Preciso que seja ao acaso
É o que me faz respirar "
( Dorotéia Íris )
" Minha identidade precisa ser impressa
cotidianamente.
Na esperança de que possa me reconhecer,
vou tecendo os dias com os tênues fios da
realidade.
Para contrabalançar minhas angústias, vivo
num rítmo alucinante. Talvez o ato de escrever
me ajude a fixar raizes e faça com que não perca
o rumo. Fico bêbada de palavras -- que se tornam
cada dia mais intensas e verdadeiras, como se eu
abrigasse uma linguagem nova e forte que não sei
aonde me conduzirá.
Essas estranhas letras que invadem o meu ser e
me intoxicam é tudo o que possuo -- é com elas
que me deito para dormir."
( Outubro 2010 )